Roube se deseja ter criatividade, mas não como ladrão comum!
Estranho né, mas é assim mesmo que faz um artista, segundo Austin Kleon¹.
Este autor, que sou fã, depois de ter lido sua obra aumentou ainda mais minha admiração por seu trabalho.
Mas o que ele tem assim de tão extraordinário, talvez seja o que você esteja pensando, certo?
Antes de tudo, o grande detalhe de sua obra, de leitura rápida e cativante que veremos no artigo de hoje.
Neste sentido, convido você para acompanhar as dicas sobre criatividade que o autor destaca.
Contudo, vamos entender porque roubar como um artista é também um chamado para você reaver seus hábitos.
Ou seja, vamos conhecer a seguir a relação da criatividade com a construção de hábitos.
Porque roubar e não emprestar ou comprar?
Justamente a palavra “roube” chama muito atenção de quem escuta, por sua força de expressão e o convite do autor, não é fazer como um ladrão comum.
Neste ínterim, sua sugestão é que todas as obras criadas por artistas sejam originadas de suas influências.
Nada é original, e todas as idéias são acumuladas de outras misturas, inclusive, nós não somos originais.
Em outras palavras, somos as misturas da genética de nossos pais, então, somos a combinação de suas influências biológicas.
Tal qual, as obras que conhecemos e consideramos artes únicas se deve ao fato de não conhecermos a fundo suas fontes de referência.
Assim, o autor propõe que façamos o mesmo, acumulando o conhecimento de diversas fontes, ou seja, roubando ideias que poderão ser unidas a outros conceitos, criando novas obras.
Sobretudo, a originalidade consiste em não copiar uma obra inteira, que assim seria um roubo de fato, ou melhor, seria um plágio.
Mas sim, roubar e coletar pequenos fragmentos que unindo a outros fragmentos dará origem a novas criações.
De maneira idêntica, passaremos a ser novos artistas que aos olhos de quem não conheceu nossas referências aceitará sua genialidade.
Roube até ser quem você quer ser
Lembra uma habilidade de criança, quando colecionava fotos e notícias de nossos ídolos?
Sim, em algum momento gostávamos tanto de alguém a quem admiramos e que colecionamos tudo sobre ele.
E quando crescemos, os compromissos e outras obrigações nos levaram a perder este bom hábito.
Logo, este foi nosso primeiro e inocente roubo e justamente sem saber, era um ponto de desenvolvimento, imitando aqueles que admiramos.
Como resultado, de tanto imitar você acaba se tornando, uma versão semelhante e única daquele que você admira.
Desenhe a arte que você quer ver, comece o negócio que você quer gerir, toque a música que quer ouvir, escreva os livros que quer ler, crie os produtos que você quer usar – faça o trabalho que você quer ver pronto.¹
Por isso, imitar é também uma forma de roubar, mas não procure copiar seus resultados, mas sim, a forma que ele pensa para criar tais obras.
Enfim, será uma cópia original de quem você admira com sua forma de pensar e encontrar os mesmos caminhos de solução.
Hábitos desenvolvidos com as mãos
O mundo digital trouxe uma série de facilidades e funcionalidades que nos limitou a criar coisas novas.
Lembra das aulas de educação artística e habilidades de colagens, desenhos e pinturas?
Este é o convite de trabalhar com suas mãos, ou no que o autor chama de usar sua mesa analógica onde coloca em prática seu talento.
O computador é muito bom para editar suas ideias, e é muito bom para deixá-las prontas para publicar e lançá-las ao mundo, mas não é muito bom para gerar idéias.¹
Por isso a importância de ter o contato com a arte que desenvolvemos no papel ou qualquer outro objeto físico.
Na minha casa, por exemplo, temos a quinta-feira da pintura, que é um projeto que faço com minha filha de pintar desenhos após o jantar.
Também já falamos em outro artigo, sobre desenvolver a criatividade com uso da pintura.
Por outro lado, é importante que seu desenvolvimento siga constante como veremos a seguir.
Mantenha-se em constante desenvolvimento
Aprender todos dias algo novo, enriquecendo seu repertório de criatividade é uma boa forma de manter seu desenvolvimento.
Além disso, roube e também procure estar próximo de pessoas que te agreguem conhecimento, em que possa sempre aprender coisas novas, mas não se esqueça…
Se você alguma vez perceber que é a pessoa mais talentosa da sala, está na hora de achar outro lugar para você.¹
O aprendizado é uma troca de mão dupla, em que se deixou de aprender é porque a fonte de onde bebe conhecimento está esgotada.
Então, a receita é procurar por novas fontes para saciar sua sede de sabedoria.
Também é importante criar o tempo necessário para desenvolver-se, para isso, que tal a criação de um novo hábito?
Estabelecer e manter uma rotina pode ser ainda mais importante do que ter muito tempo. ¹
Hoje aprendemos que roubar é o caminho para acumular, mais no limite de não ser um ladrão e sim um artista.
Seu próximo desafio é pensar onde acumular tais conhecimento e outra dica é um artigo que falamos sobre anotar para recuperar quando precisar, destacando ferramentas que auxiliam nesta tarefa.
Fugindo com as ideias que roubei
Por fim, vamos finalizar com mais uma mensagem do autor, quando pensar em desistir…
Não invente desculpas para não trabalhar – faça coisas com o tempo, o espaço e os materiais que você tem, agora mesmo. ¹
Ainda sobre o autor, o artigo de hoje é justamente uma homenagem, ou melhor, pagamento de um desafio que ele mesmo propôs no livro.
Escreva um post no blog sobre o trabalho de alguém que você admira…¹
Pagando assim o desafio e com a gratidão e recomendação deste livro para quem gosta de excelentes dicas de criatividade.
Caso se interesse para conhecer mais trabalhos do autor, acesse https://austinkleon.com.
Obrigado por sua leitura e até a próxima!
Fonte:
|¹ KLEON, Austin. Roube como um artista – 10 dicas sobre criatividade. Rocco – Rio de Janeiro, 2013.